sábado, 25 de junho de 2011

A rua em que minha vida encostou-se à tua

Boa tarde Karoline! Como foi o FIJ? Espero que tenha sido uma benção de Deus para sua vida. Se for medir pela expectativa com a qual você esperou esse encontro, eu tenho certeza que esse encontro será um divisor de água na sua vida, um marco importante na sua história. Na verdade essa expectativa que fica nosso coração para participar de um encontro desse nível é a graça de Deus fustigando nosso coração para um encontro com ele. Deus é amor e tem uma sede insaciável de amar cada um dos seus filhos.
Bom minha filha, eu estou aqui para lhe falar algumas palavras sobre o nosso encontro, quando eu comecei a descobrir que eu tinha duas filhas que eu ainda não as conhecia; hoje especialmente quero falar de você, apesar de ainda ser o dia da Kamila, pois ontem ela entrou para a lista das pré-debutantes
Só para ilustrar vou usar o refrão de uma música cantada por Ana Carolina: “Eu só quero saber em qual rua, minha vida vai encostar na tua”. A verdade é essa minha vida encostou-se à sua. Eu tenho a certeza que nossas vidas não se cruzaram, porque duas pessoas quando se cruzam no mesmo caminho é porque elas vêm de pontos opostos, podem até parar conversar, mas depois cada uma segue seu destino. E não foi isso que aconteceu conosco, caminhávamos na mesma direção, mas em paralelas e por um designo caprichoso de Deus, essas ruas se fundiram e nossas vidas também.
Tudo começou no final de semana do dia 11 e 12 de setembro do ano passado, quando Janaína me pediu para fazer uma oração por você. Terminado a oração eu tive uma sensação que não me era estranha, mas era pouco comum. Foi à mesma sensação que eu tive no nascimento de minha primeira filha, Gislene, e a mesma sensação quando alguém aqui na Comunidade chama atenção de minha filha Valeria; mesmo ela estando errada. Um desejo de abraçar, de colocar no colo e dizer: “minha filha eu te amo”. Fiquei sem entender o que estava acontecendo, discerni na hora que era uma carência paterna que você tinha, quando a mim eu pensava ser saudade de minhas filhas.
Como eu estava enganado quando eu pensei que era saudade de minhas filhas! Na verdade aquele momento Deus estava fecundando você no meu coração. Por um modo misterioso, mas operante, Deus acabava naquele instante de engravidar meu coração de uma filha que nasceu adulta. Hoje eu tenho consciência que foi pregando a palavra de Deus que minha vida encostou-se a sua vida.
Agradeço muito a Deus por ter conhecido a Lurdinha e assim conhecer minhas duas filhas. Você é um dom de Deus na minha vida, tenho aprendido muito com você. Quero ser de fato um pai presente em sua vida, assim como tenho sido na vida de meus filhos consanguíneos.
Karol, saiba que eu te amo muito, rogo Deus que derrame sobre você o dom do Espírito Santo, iluminando sua caminhada, para que continues sendo para todos as pessoas o rosto de Deus.
Deus te abençoe minha filha!

Caratinga 19/ 06/2011

Vitório Evangelista Chaves.